10 maio 2004

HISTÓRIAS TOSCAS, ESTRANHAS E HORRÍVEIS DE VIVENCIAR

Uma sexta-feira a noite, resolvi sair pra dar uma volta na cidade com a esperança de encontrar alguns amigos e amigas, beber umas cervejas e dar boas rizadas.
Primeiro dia de frio intensso na cidade. Não havia ninguém na rua. Nem as moscas resolveram sair pra futricar o lixo.
Mas eu, guerreiro, persisti a finalmente achei um buteco com 2 parcerias pra beber.
Papo vai, cerveja também, e chega mais um gente boa pra somar as gargalhadas.
Resolvemos dar uma passada na frente do show do Falamansa que estava acontecendo aqui.
Não havia muitas pessoas prestigiando. Chegamos na saidera, e um dos meus amigos resolveu pegar o celular e sair conversando com o pessoal:
- Opa, sou da rádio Corbélia, estamos ao vivo no programa "boa noite corbélia" e queremos sua opinião. O que achou do show?
Puta que pariu, ninguém parou pra falar com o cara ahuahauahua.
Tinha um outro que de 15 em 15 minutos queria regar uma plantinha. A hora que entramos no carro notei a falta de um. Era ele, molhando um muro. Resolvi sair com o carro e parar na esquina. Foi hilário o cara saindo com as calças na mão atrás da gente. Quando ele olha pro gurizinho que estava "cuidando" do carro e fala "porra, eles me deixaram mesmo" o gurizinho olha pra cara dele e começa a dar gargalhadas, mas gaaaaaaaargalhadas dele. Rolou no chão literalmente de tanto rir. Não sei até agora se foi muito comédia a cena ou se ele tava drogado.
Dando umas voltas na cidade, resolvemos procurar algumas garotas de vida fácil pra tirar um sarro. Paramos do lado de uma e o parceria começou:
- Boa noite moça. Seguinte nosso amigo ali tá casando amanhã. Aqui é a despedida de solteiro dele. Tu faz uma caprichada?
- Lógico.
- E vai abaixar o preço também né?
- Vão se fuder.
Ok, não quer dar não dá, vamos pra próxima. Paramos em várias. Umas vendo 4 nego dentro do carro, se escondiam atrás de muros. Outras nem davam bola. Até que passando na frente de uns travecos, um deles, chapado que só, resolveu falar pra parar e mecher com eles, elas....ah sei lá...Eu esperto, fechei meu vidro. O cara atrás de mim também. Ficou os outros dois, do lado das bibas pra serem aliciados:
- Olá moças. Seguinte, nosso amigo ali tá cas....ow, tira a mão, me solta. Tira a mão do meu pinto. TIRA A MÃO DO MEU PINTO. BiLoCo, vamos em bora.
Enquanto isso o outro atrás se revoltando:
- ME LARGA, NÃO É EU, É O CARA QUE QUER. ME SOLTA, É O CARA DO LADO AQUI. SAI. LARGA DO MEU PINTO.
Enquanto isso, eu me cagava de dar rizada. O outro cara só ia pro lado da janela aberta pra gritar pra todas as putas:
- SÓ FAZ INDIVIDUAL? SÓ FAZ INDIVIDUAL? NÃO FAZ GRUPAL NÃO?
Ok, depois do susto que os caras levaram achando que as bibas iriam querer ficar com o bingulim deles, resolvi parar pra mijar em qualquer lugar, tava explodindo. A hora que parei o carro numa esquina, as 4 portas se abriram e só deu nego correndo pra mijar.
Eu fui pra um muro do outro lado da rua. Um outro foi pro portão de uma casa. Outro foi num poste. E o último, que não tinha o que fazer, ficou pulando e batendo palmas na rua no ritmo de Helloween explodindo as caixas de som.
Nesse momento, surgem 2 leões praticamente no portão da casa, latindo e babando. O cara que tava no portão paralisou. Nâo soltava nem peido. Travou. O que tava no poste viu tudo e abraçou o poste se mijando literalmente de dar rizada. Literalmente mesmo, se mijou todo o filho da puta. O dono da casa saiu com um 38 querendo chumbar a gente. Saimos mais que rapidamente.
No final, paramos num buteco e bebemos mais algumas pra comemorar.